MODIFICAÇÕES CORPORAIS

Body mod: são muitas, muitas, as mudanças que nos acostumamos a ver as pessoas fazerem em seus corpos a fim de deixá-los mais bonitos, sedutores ou, simplesmente, mais interessantes. Algumas modificações são ‘cool’, ou seja, são aceitas pelos jovens, como símbolo de coragem e estilo. Quando o body mod ultrapassa certos limites, torna-se ‘freak’, exagerado, tendendo ao doentio e, pode perder, com isso, seu caráter ‘cool’. Aqui vão as mais comuns, atualmente...

Tatuagem: as pequenas marcas escondidas pelo corpo não chegam a ser tratadas por ‘body mod’, pois, hoje em dia, têm-se tatuado grandes extensões de corpo e lugares mais aparentes, o que, realmente causa a impressão de ‘corpo definitivamente modificado’. Diz-se ‘fechar o braço’, ‘fechar as costas’, quando se tatuam tais partes da anatomia, sem deixar nada de pele ‘em branco’. Body suit é dito do corpo quase ou totalmente tatuado.

Piercing: tão popular quanto as tatuagens, chama-se ‘piercing’ a furação do corpo em que se coloca uma jóia própria para esse fim, normalmente confeccionada em aço cirúrgico. Pequenos brincos de orelha e mesmo de nariz não chegam a ser considerados ‘piercing’. Cartilagens das orelhas, pontos do nariz, das sobrancelhas, língua, mamilos, umbigo e outros tantos pontos em torno da boca (lábios, labret, bochechas etc) são os lugares mais comuns de se furar. Os genitais, por exemplo, já são considerados ‘freak’.

Alargamento dos lóbulos (orelhas): é uma prática disseminada em várias culturas antigas e primitivas, dos budistas aos masaï ou aos indígenas amazônicos e representa ‘a sabedoria de quem ouve’. O alargamento pode ser feito, colocando-se brincos cada vez maiores nos buracos dos lóbulos, que, assim, vão aumentando seu diâmetro. Os brincos são confeccionados em vários materiais: aço, acrílico, vidro, pedra, osso etc. A partir de certo tamanho, a modificação pode ser considerada “freak” também.
Incisões dentárias: incisões decorativas de ouro, platina ou diamante são as mais comuns (e deixam o sorriso ‘mais brilhante’).

Exemplos de body mods que tendem a ser vistas como ‘freak’ ou, pelo menos, ‘muito excêntricas’...
Escarificação: uso da cicatrização anormal para criar desenhos (quelóide).
Branding: não é tão comum essa técnica de marcação do corpo ‘à quente’, com um molde de metal. (Técnica semelhante à marcação de rebanhos).
Implantação: colocação intracutânea de peças de metal cirúrgico (por exemplo: ‘chifrinhos’ na testa, ‘grampos’ no braço etc).
Constrição permanente (uso de corpetes para estreitar a cintura, por exemplo), bifurcação da língua, lixamento dos dentes, mutilação do dedo mindinho etc.

Ah! O que não é considerado ‘body mod’, por não se identificar com a cultura pop juvenil: cirurgias plásticas em geral, botox, aplicação de silicone, lipoaspiração, circuncisão etc.